Friday, December 3, 2010

anotações digitais - Cultura de Convergência

Consórcio da cultura de convergência
cultura midiática+Inteligência Coletica+Cultura participativa

"fazer mídia é tão importante quanto consumir mídia"

Pierre Lévy - http://webinsider.uol.com.br/2002/09/09/a-inteligencia-coletiva-segundo-pierre-levy/
Sociedade da Informação
partilha de funções cognitivas: memória, percepção e aprendizado
" (a Inteligência Criativa)só progride quando há cooperação e competição ao mesmo tempo”. Para exemplificar, Lévy citou a comunidade científica, capaz de trocar idéias (= cooperar) porque tem a liberdade de confrontar pensamentos opostos (= competir) e, assim, gerar conhecimento. “É do equilíbrio entre a cooperação e a competição que nasce a IC”

A teoria das inteligências - http://www.homemdemello.com.br/psicologia/intelmult.html
" é uma alternativa para o conceito de inteligência como uma capacidade inata, geral e única, que permite aos indivíduos uma performance, maior ou menor, em qualquer área de atuação(...)
Inteligências Multiplas
Gardner identificou as inteligências lingúística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal e intrapessoal (...)

Comunidades de conhecimento e Aprendizagem colaborativa - http://www.prof2000.pt/users/mfflores/teorica6_02.htm

Friday, November 26, 2010

anotações digitais - sobre Febver e Bloch


"Quase no século XX, graças aos movimentos populares reivindicando
participação política e a divulgação de concepções marxistas, tornou-se possível
relativizar a tendência que tinham os historiadores de valorizar os grandes
homens. Assim, os pensadores do social se voltaram para o grupo, deixando em
segundo plano o indivíduo e passando, como diz Duby, a observar o coletivo e
negligenciar os simples acontecimentos. Com essa perspectiva nasceu a
Sociologia. A idéia de consciência coletiva surgiu com Durkheim, que iniciou
estudos sobre atitudes mentais, não consideradas como particulares, mas comuns
a todo um grupo. Tentava-se ligar as representações coletivas e as condutas
individuais a uma realidade social, ou melhor, buscava-se explicar o coletivo e
o particular, a partir da organização da sociedade - vinculação que se mostra
evidente na obra de Lucien Febvre4."
"A junção entre psicologia, linguistica, etnologia e história foi a grande
marca de Febvre... Entretanto, nunca deixa de compará-los ao meio que os cerca e os forma. A relação dialética entre indivíduo e sociedade é o tema central da obra
"febvreana", onde o particular e o social são vistos em conjunto, buscando
sempre complementariedade que possibilita a compreensão mais profunda do
objeto em questão. Analisando o mesmo assunto, é importante refletir sobre as
palavras de Mandrou:
'A psicologia coletiva de um grupo não é a soma das
psicologias individuais dos participantes, o grupo não é uma simples
a d i ç ã o de i n d i v í d u o . Os métodos de uma p e s q u i s a não são
imediatamente transportáveis ao grupo, nem à sociedade global'
(MANDROU, R. L'histoire des mentalités. In: artigo Histoire, In: Encyclopaedia
Universalis. Paris, v. VIII, 1968. p. 437. A complementariedade entre psiquismo
individual e a estrutura social, referida a pouco por Febvre, é mais uma contribuição de M. Mauss, que possibilitou a interdiciplinariedade, sobretudo entre etnologia (história) e psicologia; interação que se torna possível com a introdução da noção de inconsciente.)...
Problema da Descrença no Século XVI. A religião de Rabelais (Paris,
1942) e Em torno do Heptaméron. Amor Sagrado. Amor Profano(Paris 1944),
são obras onde a temática do indivíduo/sociedade é uma constante. A partir de
Rabelais e Margarida de Navarra, ambos escritores franceses do século XVI,
Febvre aborda as grandes questões religiosas do século. Na verdade, tanto um
quanto o outro são personagens da modernidade, época de distanciamento entre
a Igreja, como instituição e Deus. A Igreja, assim, deixa de ser a intermediação
entre Deus e os homens, o que permite aos horneas manterem a sua fé e "dar as
costas" aos representantes da Igreja.
"O impulso religioso não morre, (...) mas é transferido da cena oficial para dentro do ser humano. A religião transforma-se numa questão privada"(HELLER, Agnes. O Homem do Renascimento)
"Utensilagem mental é: 'inventariar em detalhes e depois recompor, para a época
estudada, o material mental de que dispunham os homens desta época; através de um esforço de erudição, mas também de imaginação, reconstruir o universo, físico, intelectual, moral, no meio do qual se moveram as gerações que o precederam; tornar evidente, de um lado, a insuficiência das noções de fato sobre tal ou tal ponto; por outro lado, o estudo da natureza engendraria necessariamente lacunas e
deformações nas representações que certa coletividade histórica
forjaria do mundo, da vida, da religião, da política'(FEBVRE, L., Combats pour I'Histoire. p. 218.)
--> http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rh/n122/a05n122.pdf



"...A Revista dos Annales surge numa época em que a "escola metódica" exalta a sua preocupação com a erudição, privilegiando a dimensão política - procurando dar grande ênfase ao acontecimento. "A corrente inovadora (Annales) despreza o acontecimento e insiste na "longa duração"; deriva a sua atenção da vida política para a atividade econômica, a organização social e a psicologia coletiva." (Martim: 2000, 119) Dessa forma, esforçavam-se em aproximar a história das outras ciência humanas...'Os historiadores tradicionais pensam na história como essencialmente uma narrativa dos acontecimentos, enquanto a nova história está mais preocupada com a análise das estruturas.' (BURKE: 1992, 12)...
"O homem razoável adapta-se ao meio; o homem insensato tenta adaptar o meio; essa é uma razão porque todos os progressos são obras de imbecis." (FEBVRE: 1989, 22)...
Os Annales elaboraram, portanto, uma mudança substancial na compreensão do tempo histórico. A nouvelle histoire...foi a constatação e o reconhecimento das forças de inércias estruturais, que limitam a ação livre e que não tem pressa para verem a vitória da razão... A história da longa duração enfatiza os movimentos lentos e representa uma desaceleração das mudanças."
vale ler -->http://www.klepsidra.net/klepsidra7/annales.html

anotações digitais - sobre Roger Chartier



< http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/fundamentos/especialista-historia-leitura-427323.shtml >
Roger Chartier - questionou o papel da circulação e apropriação dos textos, enfatizando a distância entre o sentido atribuído pelo autor e por seus leitores.
* primeira grande revolução da história do livro foi o salto do rolo de papel para o códice
* a segunda está sendo o salto para o suporte eletrônico, no qual é a mesma superfície (uma tela) que exibe todos os tipos de obra já escritos.
"Chartier compreendeu que um texto não é uma simples abstração e que ele só existe graças à maneira como é transmitido", afirma Mary Del Priore

Da Resenha sobre o livro de roger chartier: a história cultural entre práticas e representações. de Ieda R. Amaral e Luciane M. Faria:
"Sua trajetória intelectual abrange várias linhas de pesquisa: uma primeira linha seria a história das instituições de ensino e das sociabilidades intelectuais; uma segunda linha de pesquisa, que perpassa o conjunto de sua obra, é constituída pela história do livro e das práticas de escrita e de leitura; uma terceira linha de pesquisa seria a análise e o debate entre política, cultura e cultura popular; uma outra linha ainda pode ser derivada de suas reflexões sobre o ofício de historiador, expressas em suas publicações e em suas atividades como divulgador de uma nova história." "A História Cultural, esclarece Chartier, é importante para identificar o modo como em diferentes lugares e momentos uma realidade social é construída, pensada, dada a ler... ele se preocupa com a forma através da qual os indivíduos se apropriam de determinados conceitos.Assim valoriza as mentalidades coletivas. Conceitos como os de utensilagem mental, visão de mundo e configuração têm importância fundamental para o estabelecimento de um diálogo com as fontes."


< http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/2479,1.shl >
Conversa com Roger Chartier Por Isabel Lustosa

"Chartier resistiu bravamente a se tornar ele mesmo objeto de estudo, mas no exercício legítimo desta resistência nos proporciona aqui uma interessante reflexão sobre a questão biográfica."
"de Wright Mills: "A erudição é uma escolha de como viver e ao mesmo tempo uma escolha de carreira; quer o sabia ou não, o trabalhador intelectual forma seu próprio eu à medida que se aproxima da perfeição de seu ofício"."
--> Roger Chartier: Tenho sempre uma certa prudência com questões pessoais. Acho que, quando a gente fala de si, constrói algo impossível de ser sincero, uma representação de si para os que vão ler ou para si mesmo...Outro aspecto da ilusão biográfica ou autobiográfica é pensar que as coisas são muito originais, singulares, pessoais, quando são, na verdade, freqüentemente, experiências coletivas, compartilhadas com as pessoas pertencentes a uma mesma geração. Ao fazer um relato autobiográfico é quase impossível evitar cair nesta dupla ilusão: ou a ilusão da singularidade das pessoas frente às experiências compartilhadas ou a ilusão da coerência perfeita numa trajetória de vida...
Chartier: Traduzido para o francês como “La culture du pauvre”, o livro de Hoggart é realmente maravilhoso, pois consegue articular elementos biográficos com uma reflexão profunda sobre a mídia voltada para as classes populares.O principal propósito desse livro é questionar a idéia segundo a qual todos os leitores ou ouvintes das produções dessa indústria cultural acreditavam piamente em suas mensagens...“mass media” do tempo -rádio, cinema e revistas- impunham... Hoggart queria mostrar que havia uma relação muito mais complexa, ambivalente, entre crer e não crer, aceitar a ficção e, ao mesmo tempo, ter a consciência de que se trata de um mundo irreal...
Na Lyon da minha infância ia-se à ópera como se ia ao cinema, duas, três vezes por semana. Era uma apropriação muito popular não de todo o repertório da ópera, mas principalmente da ópera italiana, de Verdi, dos franceses. Meu pai viu “Carmen” 25 vezes. Essa relação mudou entre os anos 1960 e 1970, quando este mundo dos artesãos foi gradativamente desaparecendo e, em seu lugar, surgiu uma fratura mais profunda entre o mundo dos que vão à ópera e o dos que gostam de outra forma de diversão...
Agora há uma fragmentação infinita... É uma forma de fragmentação cultural que também se pode ver como uma forma de liberdade e de diversificação. Mas ao mesmo tempo, 68 marca também o desaparecimento de uma cultura compartilhada e arraigada numa referência como a literatura nacional e universal."

< http://carlosscomazzon.wordpress.com/2008/12/26/a-midia-eletronica-segundo-roger-chartier/ >
A mídia eletrônica segundo Roger Chartier
"A aventura do livro, lançado pela Editora Unesp, no qual o autor enfoca de maneira instigante a reorganização do mundo da escrita após a internet...Segundo ele, se a tecnologia for amplamente utilizada dentro do mundo escolar, será possível criar uma nova geração de leitores e difundir ainda mais a leitura. 'Não há uma imposição da cultura eletrônica sobre a cultura escrita'”
"Roger Chartier – As novas tecnologias poderiam ajudar a criar uma nova geração de leitores e a difundir a leitura, se pensarmos em sua utilização dentro do mundo escolar... É uma responsabilidade que vejo não somente como sendo da escola, senão também como de outras instituições contemporâneas como a mídia – televisão e jornal ...Estas instituições são incumbidas de cultivar a importância da leitura para que o cidadão possa conhecer sua sociedade e ter ferramentas críticas para compreender sua situação, os mecanismos que governam sua condição e a relação com outras pessoas e com os poderes.A partir da leitura, o cidadão moderno pode ter uma relação crítica e mais neutra com os mecanismos da sociedade que regem seu dia-a-dia e, assim, ser menos dominado por eles...
Roger Chartier – Existem diversas definições de analfabeto. A clássica, existente no Brasil e em outros países, é aquela em que o indivíduo não sabe ler nem escrever...Acho que saber ler e escrever não seja suficiente para “ler” e “escrever”.. Faz-se necessário a familiaridade com a escrita, no sentido que o indivíduo tenha uma cultura que o faça pensar por si mesmo, na relação com os outros e nas relações com os poderes econômicos, sociais e políticos...
Roger Chartier – Devemos ter em mente que Gutenberg criou a imprensa e não o livro da forma como o conhecemos. O livro nasceu nos primeiros séculos da era cristã e se diferenciava dos livros em rolo dos romanos e dos gregos. Com o tempo ele adquiriu a forma como nós conhecemos: com as folhas dobradas, as páginas e a encadernação. O livro chamado pelos historiadores de códice existiu antes e depois de Gutenberg. Nossa relação com o texto está ligada não só à técnica de Gutemberg, mas, principalmente, ao formato de livro que permite ler e escrever, folhear e criar índices. Isto não era possível com o livro da antiguidade. O rolo não pode ser folheado porque não tem folhas, não pode ser paginado porque não tem páginas e nem índices. Todo nosso relacionamento corporal com a cultura escrita está vinculado à forma de livros como conhecemos. Por esta razão, o texto eletrônico lança um grande desafio ao requerer uma mudança de hábitos. Temos que ler em frente a uma tela de computador, existe o teclado e o texto é lido como se fosse um rolo. Mas ao mesmo tempo utilizam-se todos os códigos de um livro: a paginação, o índice…
Um livro é ...uma obra com uma identidade, uma coerência e um autor. É a cultura do código, a vinculação objeto-obra, que desaparece com o texto no computador...O desafio é como conseguir ver o livro digital como obra coerente, com unidade e identidade."

Monday, October 18, 2010

sarah kane / 4:48 psicose

"Estou triste
Sinto que não há esperança no futuro e que as coisas não podem melhorar
Estou farta e insatisfeita com tudo
Sou um fracasso completo como pessoa
Sou culpada, estou a ser castigada
Gostava de me matar
Sabia chorar mas agora estou para além das lágrimas
Perdi o interesse nas outras pessoas
Não consigo tomar decisões
Não consigo comer
Não consigo dormir
Não consigo pensar
Não consigo ultrapassar a minha solidão, o meu medo, o meu desgosto
Sou gorda
Não consigo escrever
Não consigo amar
O meu irmão a morrer, o meu amante a morrer, estou a matá-los aos dois
Invisto na direcção da minha morte
Estou aterrorizada com a medicação
Não consigo fazer amor
Não consigo foder
Não consigo estar sozinha
Não consigo estar com os outros
As minhas ancas são grandes de mais
Não gosto dos meus órgãos genitais
Às 4:48
quando o desespero me visitar
enforco-me
ao som da respiração do meu amante."


sarah kane
teatro completo
trad. pedro marques
campo das letras
2001

Wednesday, October 13, 2010

Nossos sonhos compensam...




por quanto tempo fiquei aqui fora te esperando e servindo de banquete à mosquitos? havia me cansado de rever, ou foi o cansaço que me impediu de ler entrelinhas?

Thursday, September 30, 2010

Pensamento Voando...




Roda viva - amores em sonhos: desejos inexatos - ouço sua voz, mal lembro seu rosto - ela é linda! - quem ama o feio... - ? -!?- sonhos multiplos - vida,vida, solidão

Tédio com tesão - me importo muito com os outros, não com o que pensam de mim - sei que tenho atitudes impulsivas - destaque- alarme falso - gosto de frases curtas -falo muito, pouco - muitas vezes não falo nada - e me perco olhando para lugar nenhum

"sou tua, meu amor, sou tua! me leva nas ondas do mar, desde que nasça o sol, até que se despeça a lua... fingir que o amor preencheu, eu ja não podia..."

é! Amar é perigoso demais! foi tão estranho rever teu espectro, lembrei depois que havia sonhado com isto! devera! sonhei que te encontrava e me dizias que namorava!

Sunday, September 19, 2010

eu tenho um tempo, depois eu não tenho mais!



foi você quem se perdeu de mim!
foi você...

"fazer parte da audiência é garantia de que em algum momento estaremos juntos, que faremos parte de uma comunidade, mesmo que seja apenas espectro. A angústia da solidão, da separação e da própria individualização desaparece por um passe de mágica..."

-vivemos de pequenas mortes: morremos ao entrar na escola, ao sair dela ao deixar de ser adolescentes...

só vendo a vista


a solução para o nosso povo eu vou dar:
Vamos alugar o Brasil!

fragmentos



ela - porquê Você não pinta?
ele - por que não me entra na cabeça ( mastiga )
... muito raro tem passaros desse forma! ( outra garfada)
... aqui tem! neste casa. Onibus pára em frente á rua torres de oliveira!
ela faz que não entendeu com a cabeça - ele aponta uma sacola de plástico e toma o remédio - lá tem em frente: rua torres de oliveira!
ela olha o saco de supermercado - não tem endereço não! só diz o bairro
ele - pega aí o plástico!
ela passa a sacola para ele
ele - lá tem, na recibo!
ela levanta, procura o recibo e entrega à ele
ele lendo - numero é 29! quase início! (dá outra garfada)
entro na minha cabeça este! (olha um imã de geladeira) será que é aqui? ah! Olha! 56! 56... como chama? farmácia! (outra garfada) pequena farmácia

ele - eu falei pra você Rogério fez clinica só pra dar para o filha? e agora está em alto cargo lá... operações para beleza! ele não vem porque aui ninguem pode pagar consulta dele... outro, cavalo pisô na pé! foi hospitalizado... preto... tomando conta.. ela pisou ... e sentiu algo... e mexeu... não por maldade!

vazio de mente dolorida



a indiferença se disfarça de falta de tempo - preguiça ou medo
te acuso dos erros em que tambem incorro
repito suas não-ações
exigo algo que recuso a dar

rabiscos...




" e fico pensando em todas as folhas que serei eu a não ver.(...)em tanta coisa que haverá no ar e estes olhos não veêm"

"sinto no máximo a melancolia de uma vida demasiado curta para tantas bibliotecas"


- um matador mítico- para quem, matar, é devolver o touro ao mar e o mar ao céu!


"os rituais infantis da pedrinha e o salto sobre um pé para entrar no céu"

"toc,toc... um passarinho na cabeça

toc,toc... e a vida continua"

- a distância não é um obstáculo para se entrar em contato - mas entrar em contato não é um obstáculo para se permanecer à parte -

" Nós usamos a privacidade como um traje pressurizado... tudo menos convidar ao encontro, tudo menos envolver-se"

Monday, April 19, 2010

como um beijo pode doer tanto?


tentei avisar - quero ficar sozinha! - mas como uma névoa, numa perfeita noite outonal, teus beijos me envolveram rapidamente, e meu corpo enebriado, não mais resistiu à musica proposta por aquele corpo... as lágrimas, que caiam para aplacar as chamas em que meu corpo em brasas formaram, me revelaram que aquela não era tua boca, nem aqueles teus braços...

Wednesday, April 7, 2010

Vencer é não ter medo de perder!










é um real! é um real! três amendoim é um real! cinquenta balas de chiclé é um real! duas bala de iorgurte é um real!


a diferença de uma passagem de onibus para uma integração metrô-trem é pouco mais de um real, mas a esperança de conseguir fugir da cidade alagada é irreal... o trem não nos servirá de barca. A cidade pára quando o céu chora!


'ah! to meio down! - ela disse - conheço bem os sintomas da depressão...'

É... basta não ouvir o coração que o corpo se manifesta. (será que ela não sabe disso?)


O planetinha chora as lágrimas que já não consigo verter. A sensação de dor é tão conhecida, que já não comove. Me recuso a acostumar... minha escolha é diferente! Escolhi a Felicidade!


Saturday, March 27, 2010

wreckage

para algumas pessoas,
saudade,
é uma palavra.
para outras,
não.

há quem diga:
quantas saudades!
como se dissesse:
há quanto tempo!

e há pessoas que calam
pois tal palavra lhes arde,
queima, dilacera, arranca pedaços.
não lhes passa impune pela boca.

Monday, March 8, 2010

Contradições



Que ventos são esses? Que passando por minha janela trazem junto a lembrança do teu gosto! Acordo com essa lembrança diariamente...
Lembro que já me foi possível fazer o que hoje me parece ser insuportável. Sinto como se escapasse por entre os dedos tudo que tenho de mais precioso, e se no passado eram lágrimas que insistiam em encharcar meu rosto, no presente são músculos que insistem em se partir no meu peito!
Meus ollhos secos vagueiam ao léu procurando tua imagem, mas é quando fecho os olhos que sinto teu corpo tocando o meu...
Não ousarei novamente tentar te esquecer; é demasiado esforço e dor desnecessária, para algo que já provei sendo inútil, pois a simples ameaça de tua presença me pertuba a alma de forma inconcebível!
És como um troféu a ser conquistado por um atleta despreparado; mas não esmoreço frente a desafios, pois a certeza da participação ja nos torna vencedores!
minhas dúvidas por vezes tentam me levar a crer na inutilidade da espera, mas saber te pensando em mim, é consolo e alegria. Por mais difícil que seja, espero poder honrar te.
Beijo te em meus sonhos, mantenho-te sob minha pele...

Thursday, February 18, 2010

Ei!


Fica bem! Vou sempre sonhar com teus olhos, teu sorriso gostoso...
Renegamos nos conhecer melhor para evitar a dor que é inevitável a qualquer relacionamento e nossa história será sempre feliz: um amor de verão, paixão sem carnavais, uma história leve de corpos descompromissados e sem final. Duvido da minha capacidade de amar, será que alguma vez te amei? Teria sido na primeira tentativa de roubar-te um beijo ou nos respeitosos silêncios após cada partida tua? Anos passam, nossos caminhos se cruzam esporadicamente em momentos de festa e vivemos a alegrias dos reencontros. Dos sonhos, você volta e meia torna com a intensidade de um tufão, me pede para falar e me perco entre palavras e sentenças inconclusas...